LENDAS
Não vou fantasiar em torno das lendas, contando histórias que nunca ouvi, pois já outros o fizeram e não penso que deva seguir-lhes o exemplo. No entanto tecerei alguns comentários a algumas delas, que na minha ótica, me parecem merecedoras de reparos.
Todos sabemos que quem conta um conto aumenta um ponto e portanto, as lendas ao passarem oralmente de geração em geração existe sempre a tendência de alterar algo e é pois mais que certo que após três ou quatro gerações o seu conteúdo já não é rigorosamente o mesmo.
De resto, uma lenda é isso mesmo uma narrativa que se transmite oralmente pelas pessoas, visando explicar ou relatar acontecimentos de certa forma misteriosos ou sobrenaturais, em que se misturam factos reais com a fantasia e que vão sendo modificados pelo imaginário popular cada vez que são transmitidos.
Atualmente, à medida que vão sendo conhecidas, vão sendo registadas na linguagem escrita visando a sua preservação no folclore das regiões, tornando-as também de certa forma imutáveis. No entanto, é mais que provável que, quando se efetuou o seu registo já teriam certamente sofrido diversas alterações.
Constantim tem também as suas lendas para com elas explicar o que não tem ou não tinha explicação e que estão atualmente registadas nos mais variados sítios. No entanto, cada sítio tem o seu texto com variações muitas vezes significativas entre eles, o que pressupõe também variações relativamente à lenda “original”.
Um dos sítios onde podemos encontrar estas lendas é no CEAO-Centro de Estudos Ataíde Oliveira, no endereço www.lendarium.org, que recolheu e registou lendas junto das populações.
Figura 234 – Sitio onde podemos encontrar lendas de Constantim.
Na Internet, em diversos sites e blogues, encontramos as mesmas lendas, porém mais elaboradas e mais fantasiadas, o que de certa forma retira credibilidade àquilo que já por si não é credível. No entanto isto apenas prova que quem conta um conto…, às vezes aumenta vários pontos.
Os Administradores