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  Passagem de Ano.

A forma efusiva como em Constantim e noutras partes do mundo, se comemora atualmente a passagem de Ano, reúne muitas semelhanças, embora como é óbvio com as devidas disparidades relativas às diferenças culturais.

 

O primeiro registo de que há memória, de celebrações de Fim de Ano, refere que ocorreu na Babilónia, em 2000 a.C., começando por ocasião do equinócio da Primavera, quando os dias e as noites tinham sensivelmente a mesma duração. Chamava-se então “Festival de Ano-Novo”. No calendário atual o equinócio ocorre a 19 de Março.

 

Ao longo dos séculos, a festa de Ano Novo, comemorou-se em diferentes datas de acordo com os calendários dos diversos povos. Assírios, Persas, Fenícios e Egípcios comemoravam o Ano Novo em Setembro (dia 23), já os Gregos celebravam o Início de um novo ano em 21 ou 22 de Dezembro.

 

Os Romanos foram a primeira civilização a definir um dia exato para estas celebrações, tendo definido para estas celebrações, em 753 a.C., o dia 1 de Março. No ano 153 a.C. o primeiro dia do Ano passou a ser o dia 1 de Janeiro. Em 1582 ao adotar o calendário gregoriano, a Igreja católica pela mão do Papa Gregório XIII consolidou a celebração do primeiro dia do ano em 1 de Janeiro.

 

Apesar de quase uniformizada a data de 1 de Janeiro para início de um novo ano, há ainda civilizações que não comemoram o início do Novo Ano nesta data.

 

Seja no entanto qual for a data adotada para festejar a entrada de um novo ano, ela representa para todas as civilizações o final de um ciclo, ao qual sucede de imediato um novo ciclo.

Por conseguinte, quando no dia 31 de Dezembro, a contagem decrescente, 10, 9, …, 4, 3, 2, 1, termina, toda uma série de rituais que alimentam os sonhos e anseios, se desencadeia. É um momento cheio de promessas e uma oportunidade para se começar tudo de novo, enchendo os corações de esperança, mesmo sabendo que pela frente se vai ter um ano, tal como o anterior, cheio de obstáculos.

 

 

Figura 293 - Fogo de artifício, a forma mais popular de iniciar o novo ano.

Em Constantim, como noutros núcleos populacionais, cumprem-se então as tradições e rituais que se acredita trazerem um ano melhor. Durante o bater das doze badaladas, há quem acredite que comer 12 passas traz sorte para o ano que se vai iniciar.

 

Ao bater a última badalada, uma explosão de gritos de alegria, buzinas, apitos, fogo-de-artifício, tiros de caçadeira, bater com tampas de panelas, música, etc., tudo vale para fazer cumprir esta ancestral tradição que representa a expulsão de espíritos maus ou o desejo de os manter afastados durante o novo ano.

 

Usar nesta altura uma peça de roupa nova, (nunca usada), combina com o espírito de renovação do novo ano e acredita-se que a vida terá um novo rumo no ano que acaba de entrar.

 

O primeiro dia do ano, dia mundial da paz criado pelo Papa Paulo VI, é um dia de confraternização e muitas famílias reúnem-se para celebrar a passagem de ano, onde não falta a alegria, votos de um bom Ano Novo, comidas, bebidas e sã convivência. Como em todo o mundo, em Constantim, as mesmas manifestações de alegria e rituais de afastamento do espírito do ano velho, servem ao mesmo tempo para aclamar de forma eufórica o ano que acaba de entrar, repetindo os votos e desejos de todos os anos passados, renovando ano após ano, a esperança de uma vida melhor, sempre com especial relevo para a saúde.

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