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CONSTANTIM NA AtualiDADE

O Pulverizador

 

O Pulverizador, era um dispositivo pesado e incômodo que se transportava nas costas, seguro por duas alças, com o qual se aplicavam os pesticidas nas culturas, tanto em árvores e arbustos, como nas hortaliças, com o propósito de impedir que ervas daninhas ou pragas de insetos prejudiquem as colheitas.

Figura 384 – Exemplo de um pulverizador antigo de pressão prévia.

 

Figura 384 – Exemplo de um pulverizador antigo de pressão prévia.

 

O pulverizador funciona através de uma câmara de pressurização cuja pressão é suportada por uma membrana. Através da bomba de sucção do aparelho o líquido é aspirado para dentro comprimindo o ar na câmara e exercendo pressão sobre a membrana. Quanto mais líquido for introduzido, mais pressão se induz na membrana. A libertação do líquido pelo bico aspersor, provoca a saída dos pesticidas em forma de gotículas, quer pela ação da pressão quer pela configuração do bico aspersor, gotículas essas que se depositam nas folhas das espécies a tratar. É uma alfaia do tipo jacto projetado e de alto volume, pela quantidade de químicos que gasta por hectare.

Um outro modelo mais leve e mais versátil surgiu posteriormente. É constituído por um depósito e bomba de pistão accionada pelo operador, através de uma alavanca.

Figura 385 – Exemplo de um antigo pulverizador pressão.

 

Figura 385 – Exemplo de um antigo pulverizador pressão.

A bomba de pistão possui duas válvulas, uma superior e outra inferior. A inferior deixa passar o líquido para dentro do cilindro. A inferior permite a entrada do líquido na câmara de compressão, expulsando depois o líquido juntamente com o ar sob pressão.

Este pulverizador, por não ser de pressão prévia como o anterior, necessita de um bombear quase constante para que seja criada a pressão necessária à pulverização dos pesticidas.

 

Ambos os artefactos eram utilizados essencialmente para o combate a um temível fungo que se desenvolve com o calor e humidade, o Míldio. Para isso utiliza-se a chamada calda Bordalesa, uma mistura obtida com cristais de sulfato de cobre, (o nome técnico é Chalcanthite), e cal viva (Óxido de Cálcio).

 

Ambos os componentes são dissolvidos em água e no momento em que a cal era introduzida na água, esta parecia ferver. A calda só poderia ser aplicada quando deixasse de “ferver”.

Figura 386 – Cristais de Sulfato de Cobre.

 

Figura 386 – Cristais de Sulfato de Cobre.

 

Actualmente, o uso de atomizadores, eliminou por completo a utilização dos pulverizadores.

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