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  O Resineiro.

Era frequente em tempos idos, ouvir-se no meio da mata trautear ou assobiar quer melodias populares, quer as melodias da moda, acompanhadas pelos estalidos da casca de pinheiro a ser raspada. Para quem se lembra desse tempo, sabia-se que andava por ali o Resineiro.

 

Equipado com as suas ferramentas, sangrava os pinheiros de maior porte para lhe extrair a resina que depois seria vendida essencialmente para a fabricação de tintas e vernizes.

 

 

Figura 313 – Resineiro nas suas tarefas.

Esta atividade além que garantir algum dinheiro para o Resineiro, era também uma fonte de receitas suplementar para os proprietários dos pinheiros que estivessem em condições de ser resinados.

 

Em épocas mais recuadas, a recolha da resina era feita para potes de barro, que ficavam apoiados em grampos de ferro espetados no pinheiro, passando depois a utilizar-se pequenos vasos em plástico fixados pelo mesmo sistema. Em ambos os casos, uma chapa curva cravado na árvore, garantia o direcionamento da resina para os pequenos reservatórios de recolha.

 

Figura 314 – Pinheiros a serem resinados.

 

Mais recentemente, utilizavam-se simples sacos de plástico resistentes aos raios ultravioletas agrafados no pinheiro, o que reduzia substancialmente os custos do material para o Resineiro.

 

Ao fim de algum tempo, o Resineiro passa novamente pelos mesmos locais para efetuar a recolha da resina substituindo os sacos e reposicionando aqueles que por razões várias, se possam ter deslocado ou caído. A passagem do resineiro, contribuía também em certa medida para a conservação e vigilância da floresta.

 

Atualmente em Constantim a atividade do resineiro encontra-se quase desaparecida sem qualquer comparação com o que era no passado.

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